A criação do IVAR: novo índice para reajuste de aluguel de imóveis

Certo é que a pandemia do COVID-19 trouxe grandes impactos na economia brasileira, com subida de preços de diversos produtos, mas a crise sanitária também refletiu no aumento do índice de atualização monetária mais utilizado hoje, o IGP-M.

Decorrente desse aumento, na semana passada (11/01), o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da FGV criou um novo índice para ser aplicado na atualização dos valores de aluguéis de imóveis.

O IVAR, índice de variação de aluguéis residenciais, será utilizado exclusivamente no mercado imobiliário e será calculado com base em uma média dos valores dos aluguéis dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte, além disso já pode ser aplicado aos novos contratos celebrados.

O aumento desse índice mais utilizado, antes mesmo da pandemia (o IGP-M), gerou diversos debates, sendo várias vezes levado a discussão em processos judiciais, havendo divergência entre os tribunais quanto a sua aplicação.

Mas durante a pandemia, em alguns casos, em 10/12 meses o índice de reajuste aplicado e acumulado chegava a ultrapassar 40%, com o resultado de diversas negociações e reduções em valores de aluguéis.

Dessa forma, a criação de um índice próprio para ser aplicado ao mercado imobiliário traz diversas vantagens, além disso acompanha a evolução desse nicho que demanda cada vez mais atenção, principalmente com a atual situação do país, resultando em equilíbrio e garantias a locadores e locatários, que terão um índice próprio, podendo refletir na diminuição de acordos e reduções de valores.

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